Descompassos
Sônia Maria de Faria
10/03/2010
Há de ser sem compasso o coração
Pra viver toda a graça da poesia;
Burlar a dor, à guisa da ilusão,
Em busca, tão somente, da alegria.
Há de ser sem compasso o coração
Que se deixa prender num forte laço;
Se liberto, lamenta a solidão,
E então, sozinho, chora a cada passo.
Nos batimentos do passar da vida,
Nessa alternância – bem ou mal vivida –
Seja a seu modo, o amor sempre agasalha...
Eis que, descompassado o coração,
Pra suportar essa enorme emoção
É no peito, uma é batida, a outra – falha.
É no peito, uma é batida, a outra – falha.
Impulsos
Sônia Maria de Faria 09/04/10
Uma vontade de ser
De ter
De voar
De viver...
Na verdade, mera ilusão
Sem chão
Sem raiz
Sem projetos
Sem caminho...
Apenas um sonho
A flutuar sem direção
Sem saber o que diz...
O amor a suspirar sozinho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário