sexta-feira, 23 de setembro de 2011

UM POEMA PARA VOCÊ.

O Acadêmico da AIL, Dr. Fernando, sempre nos surpreende com seus poemas reflexivos e tão delicados.
É de seu feitio trazer para a leitura temas atuais abordados com muita sabedoria e encorajamento como nos fala o poema abaixo.


ENCORAJAMENTO
                Rozelet Fernando A.Silva – AIL

Que não te faltem forças concentradas
Nos testes de paciência e boa vontade
Ante às intempéries inesperadas
Na árdua caminhada para a eternidade...
Não percas a fé; muitos esmorecem
No ofuscar das ilusões e se perdem...
Sê como a rocha que encara o mar:
De frente. Impávida resiste
Às tempestades... A onda não desiste...
Um dia vencerás! É só esperar!...
Suporta com galhardia as investidas
Maléficas das fúteis ambições
Pretensiosas e tão descabidas...
Que não te seduzam os gozos fáceis,
Efêmeros, terríveis tentações
Em as frases dúbias e sempre dóceis...
Usa o níveo manto da pureza,
Sagrado envoltório da natureza!...
Que não te achaques, a fúria da procela;
As vezes surge e logo se esfacela
No tumultuoso mar da existência,
Cabendo velejar com mais prudência...
Forte, em tua têmpera, sê como o aço,
Águia livre e soberana no espaço,
Flexível, tal caniço, ao furacão.
Sublime na concepção do amor!
Que não te vertam dos olhinhos puros
As lágrimas cruéis da ingratidão,
Frutos de sentimentos inseguros
No torvelinho vil do desamor!...
Vive! Aos sonhos teus, sê fiel!
Gestos delicados como uma flor!
...Nas palavras, a doçura do mel!...

Informativo da Academia Itajubense de Letras- Número 253 - Ano XXIV - Setembro 2011.

Está aí, para sua leitura, o Informativo da AIL do mês de setembro de 2011. Mais uma vez, com um trabalho em conjunto, a AIL nos presenteia, através do seu informativo mensal, com notícias, textos, poemas e sonetos de grande valor.
Pode-se notar, um exemplar que fala de saudades e nostalgias. A criação cobriu os poetas da AIL, sem que eles dessem conta, com a incrível sensibilidade voltada às lembranças passadas. Confiram! É  a comprovação de que uma tênue aragem de  inspiração soprou em todos os corações e mentes e elas corresponderam cada qual a sua maneira, como se o tema fosse único - SAUDADE E FÉ -
Concederei a vocês o prazer de fazer a constatação e o paralelo. Parece um fio de magia perspassando poemas, textos e sonetos num matiz bordado a cores como as da primavera, ou de uma colcha de retalhos ou ainda do paninho de bandeja matizado em fio de linha sobre o linho alvo.
Segue o informativo: Verdadeiro presente de Primavera.






- É PARA VOCÊ CARO LEITOR -

Primavera !

Hoje comemora-se o dia da entrada da Primavera.
                               Setembro - Dia 23 - 2011
Que seja um tempo de Alegrias, Luz e Paz.
MÊS DE SETEMBRO E MUITAS FLORES.
Que flores variadas espalhem alegrias na sua vida e no seu jardim.
Por isso, envio-lhe muitas flores através deste blog, e com elas votos de dias coloridos, felizes e perfumados de carinho e afeição.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tarsila do Amaral.

Comemora-se o aniversário da pintora brasileira Tarsila do Amaral.

Nascida na cidade de Capivari, no interior do estado de São Paulo, em 1° de setembro de 1876, Tarsila destacou-se no desenho e pintura sendo citada como um marco no movimento modernista brasileiro ao lado de Anita Malfatti.
Foi criada na fazenda com preceptores estrangeiros devido à alta condição financeira de seus ancestrais. Seguiu mais tarde para a Europa, onde estudou pintura em Paris.
Tarsila aderiu ao modernismo somente em 1922, de regresso ao Brasil, quando com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia e Mario de Andrade que passaram a se freqüentarem formaram o famoso Grupo dos Cinco da Arte Moderna Brasileira.
Em 1929, no mês de julho, Tarsila expõe suas telas pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro.
Legou inúmeros trabalhos nas suas diversas fases, sendo o Abaporu, uma de suas obras mais conhecidas datado de 1928.
Faleceu em São Paulo a 17 de janeiro de 1973, devido a uma depressão que a acometeu depois da perda de sua única filha, gerada no seu primeiro casamento.
Tarsila do Amaral, por sua grande representação na cultura nacional ainda é muito lembrada e homenageada no âmbito das artes em geral ( teatro, televisão, cinema) e nas pinacotecas, exposições, bienais e sem esquecer a área educacional e histórica.
Vale à pena conhecer um pouco mais de Tarsila e outros expoentes das artes que tanto contribuíram para nossa cultura.
Há um site oficial de Tarsila do Amaral. Aqui o endereço eletrônico:
                    www.tarsiladoamaral.com.br/






Mês de Setembro está aí !...

                                         SETEMBRO
                                                     Lina Lisbôa - AIL.

Mês de manhãs claras, sol transparente adentrando as casas. Prenúncio de flores, um quentor de primavera e a despedida dos ventos.

Setembro do dia da Pátria, do dia da Árvore, do início da Primavera, dia da Oficialização da letra do Hino Nacional, dia Internacional da Alfabetização, dia do Teatro, dia da Fundação do Primeiro Jornal no Brasil, e tantas outras comemorações, sem esquecer dos aniversários.

E tem mais!... Acho que, de grande importância - dia da Compreensão Mundial.

Como estamos precisados... As pessoas se esqueceram de tantos detalhes, tantos gestos. A sensibilidade anda sumida. Será falta de tempo para SER. Para interiorizar-se, para cultivar-se, para se perder em pequenas coisas?

O que anda acontecendo com o tempo? Ele sufoca as pessoas ou são as pessoas que não andam cuidando dele?

Assim, nem dei conta que o fim de agosto se aproximava e setembro apareceu como do nada.

Os dias passaram depressa demais, como anda passando tudo nesta era de tecnologias e apressamento.

Ah! Que saudades das cadeiras nas calçadas, das crianças brincando à noitinha no coreto, do ar fresco batendo janelas (aquelas de madeira que abriam em toda largueza para o lado de fora), da lenha estalando no fogão e o tacho de cobre apurando a goiabada.

O tempo era largo. Como o Largo da Matriz cheio de gente a conversar depois da missa, sem pressa para ver a novela, pois nem todos tinham televisão e as novelas de radio eram escutadas mais cedo.

Nada impedia um contato sadio e sem hora depois da missa, depois do trabalho, depois do jantar. Era um depois, que se arrastava sem tempo, com palavras medidas e amplo silêncio.

Tenho saudades sim e sem saudosismo camuflado de falsa modéstia, pois não dispenso a tecnologia, que faz a minha vida mais fácil, o progresso surgido pela mão de trabalhadores, cientistas, sábios, idealistas que lutaram tanto por um mundo melhor. Mas, quase posso afirmar que eles não apreciariam essa correria toda e esta falta de tempo.

O que será que acontece? Porque o tempo encurtou, se temos muito mais facilidades agora?

E setembro chegou e eu nem telefonei para minha amiga, que fez aniversário em agosto. Não dei conta do tempo. Passou sem que eu percebesse imbuída que estava na rotina.

Preciso urgentemente de uma cadeira na calçada!...