sexta-feira, 27 de agosto de 2010

José Nogueira da Costa, na tarde alegre de congratulações, por ocasião do lançamento de seu livro de sonetos.

Maria de Lourdes Maia Gonçalves lança livro de contos no Espaço Cultural João Baptista Brito no dia 17 de agosto de 2010.

A professora Maria de Lourdes Maia Gonçalves lançou seu livro de contos
“ Frestas” no dia 17 de Agosto de 2010, no Espaço Cultural João Baptista Brito, onde recebeu familiares, amigos e convidados.
Foi um evento concorrido e agradável. O “ Frestas” foi apresentado aos conterrâneos e familiares da autora, dias antes, em Limoeiro do Norte,Ceará e foi igualmente bem recebido.
É um livro lindo por dentro e por fora. Mas, além de contos, ela nos brinda também com poemas e textos, representando com louvor a AIL nacional e internacionalmente.
                                                                           
Segue abaixo um de seus poemas.



           CONTEXTO
                Maria de Lourdes Maia Gonçalves

Cantemos a vida,
Saudemos a primavera,
Louvemos o amor!

Lembremos também da dor...
Sim, porque o sofrer
Nos faz entender
O porquê do espinho da flor.

Mas hoje é dia de alegria!
Convém esquecer a tristeza e a dor.

Contemplemos a flor
Que desabrocha graciosamente!
Ainda molhada pelo orvalho da noite,
Aquecer-se ao sol e embalar-se ao vento,
Mostrar o seu fulgor.
Doar o seu aroma e a beleza da cor,
Para, depois, recolher-se, dolente.

E, sob o sol poente,
Aguardar novamente
Mais um romper do dia.
E continuar embalando,
Como num doce acalanto
A nossa fantasia.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Minha homenagem a José Saramago, escritor português, Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e Prêmio Camões de Literatura em 1995. Saramago questionava através de seus livros os caminhos da sociedade capitalista e o papel da existência humana. Faleceu no dia 18 de Junho de 2010, aos 87 anos de idade, legando ao povo português e aos amantes da literatura sem fronteiras, vários romances, poemas, crônicas, depoimentos, palestras.

 






           A PARTIDA

      Lina Maria Lisboa da Silva - AIL


Vá, José, a pena descansa
Pontua o fim, pois que pontuação

não foi seu forte por opinião,

no inconformismo sem esperança.

 
Vá! José, espalha suas dúvidas,

controvérsias e postura incrédula,

a dor das batalhas vividas,

sua sina, seu desterro

junto às cinzas de seus restos.

 
Parta! Mago luso!

Abraça sem pejo e sem peia

o sorteio da sua hora em fuso,

pois que sua herança em livro

é como sua própria ideologia.

 
Vá! José, parta da ilha.

Abra as velas ao morno vento,

arrefeça sua rebeldia

retira das palavras, alento.

 
Vá! Pacifica este coração atribulado.

Desfruta desta epifania

despedindo-se de trás dos montes.



E Saramago se foi.

Tomou rumo, para ele, ignorado....