sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Uma Crônica para o fim de semana


    Da janela, a paisagem!

                                                                                    Lina Maria Lisbôa da Silva – AIL.
E, que linda, paisagem!
Mais uma vez estou aqui percorrendo as estradas do Paraná. Digo isto, pois o faço, periodicamente, no decorrer do ano.
As plantações de soja alongam-se, lado a lado, até o cinza do asfalto.
Agora, é tempo da soja. Já foi a época do milho e do trigo.
O verde se estende ao perder da vista. Quase até a linha do horizonte. Muitas vezes, é confundido, mas com verde também, só que em outro tom. Não dá para imaginar outra coisa, senão o de um armazém para a humanidade. Com tudo isto, não dá para ter gente passando fome.
E, tem. Não dá para nos isentarmos de uma reflexão sobre a situação.
Uma sensação boa, diante da beleza da paisagem, vem me acalentando e esqueço o incomodo do sacolejar do ônibus e do calor. E também não quero pensar muito em termos de mudança social. Incomoda, eu sei, mas carrego uma teimosa esperança. Coisa de poeta!
Sem querer, penso nas pessoas que passaram por aqui e que admiraram, como eu, esta explosão da natureza. Sei também, que nem sempre as pessoas pensam assim. Pois, perdem com a falta de observação.
É lindo, demais!...Esqueci -me da máquina de retratos. Tenho fotos de plantações e tiraria outras se a tivesse em mãos. Gosto do que meus olhos vêem.
As plantinhas crescem viçosas e estão com uns 20 cm. Da janela as folhas parecem um veludo e de tão juntas, não dão espaço para que se veja o chão. Por isso, a idéia de um tapete mágico.
Na há ninguém por perto. O verde fala por si. Dentro da lógica, passaram por aqui, homens a trabalhar a terra, a preparar e plantar. Máquinas a arar, caminhões trazendo gente e adubo. Lavradores ao trabalho desde o nascer do sol, que castiga nestes meses de primavera- verão. Mais tarde virão colher. A época de colheita é uma festa. Não falta trabalho para quem quer laborar. Mas, ainda tem tempo. Enquanto isto, quem trabalha é a força da natureza.
Penso no descuido, que os homens em geral, tem por ela. É preciso mais consciência, e não esquecer de que da terra brota a vida. "É preciso um alerta. Antes que os anjos toquem as trombetas”, como eu já disse em um dos meus poemas.

- Antes que seja tarde demais - estas palavras martelam a minha cabeça.











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