sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Que venha setembro com primavera, de verdade!


Que venha setembro com primavera, de verdade!




É setembro! Mês da primavera e das noivas também. Presume-se que os jardins floresçam e que as noivas cheguem à Igreja sem molhar os pés. Mas, com a natureza em crise, nunca sabemos se podemos sair sem agasalho ou se devemos levar a sobrinha dentro da bolsa.


O desfile de sete de setembro e o torneio da primavera vinham sempre acompanhados de calor, quando o sol se deixava levar por entusiasmo e brilhava forte, ofuscando o sentido de muita gente. Os uniformes de gala e as fantasias coloridas incomodavam e os desfiles pareciam demorar mais que o necessário. Os instrumentos da banda pesavam nos ombros dos meninos e as sapatilhas das balizas esgarçavam-se no paralelepípedo quente. Levaremos pela vida a fora estas lembranças. Calorentas e gostosas. E, o sorvete cremoso na praça, depois do desfile terminado.


Entretanto, devido às intempéries, faz algum tempo que não tomo sorvete, nem vou à praça. Anda ventando demais; um calor seco faz os olhos arderem e provoca um pigarro desconfortável. Terra seca, vegetação seca e o fogo se atiçando fácil no ressecado. E não há muitas flores!... Natureza em desamparo e eu também.


Que setembro venha como vinha anos atrás. Com flores colorindo todos os jardins, noivas subindo as escadarias da Igreja, com esperança de um futuro brilhante. E primavera de esperança e lembranças boas são para todos e não só para as noivas, sejam de maio ou setembro.


                                      Lina Maria Lisboa da Silva – AIL

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