terça-feira, 24 de julho de 2012

MÊS DE JULHO

Surpresas em Julho

Lina Lisbôa - AIL

A máquina parou. Simplesmente recusou meus comandos e saiu de cena.

É verdade que ela andava sobrecarregada e sempre muito exigida, mas parar o trabalho no meio do dia, assim sem me avisar, não foi nada profissional.

Enfim, não adianta reclamar diante do fato constatado. Se ela precisava descansar, aproveitei o momento e parti para um descanso também.

O técnico foi chamado e para resumir a história fiquei com a mesa empoeirada, um emaranhado de fios, sem meus emails e um backup num pen drive.

Por isso, de férias forçadas, me ausentei um pouco da telinha.

Desculpem-me o atraso nas notícias e prometo correr atrás do prejuízo.

Julho. Já vai para lá da metade do mês. Como farei para simplificar as notícias e ganhar tempo?

Inverno. Temperatura variando. Há dias de frio intenso e outros mais quentinhos. Geralmente, pela hora do almoço, o sol esquenta bastante. É possível até pendurar os casacos, até lá pelas quatro horas da tarde, quando começa a esfriar.

Tempo gostoso para um chocolate quente, um caldo no fim da noite e um vinho. Em reunião de amigos, um fondue sempre cai muito bem nestas noites mais frias.

Muita coisa boa!...Gosto de todas as estações, mas acredito que o inverno é mais propenso ao aconchego, as longas conversas, a rever fotografias, a ler um bom livro, escutar boa música.
Gosto de poesias e não posso deixar de sinalizar que o nosso poeta Mario Quintana, que tanto nos enleva com seus poemas leves e de uma simplicidade mágica.
Quintana é de 30 de julho. Nasceu no Rio Grande do Sul, em Alegrete  no ano de 1906 e faleceu em Porto Alegre em 1994. Não o conheci como tradutor e jornalista, mas como poeta e pensador. Você conhece as produções dele?    Procure conhecê-lo e verá que tenho razão.
Aqui segue, de presente um poema dele, dos muitos que me encantam:      

"Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
com que teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade do meu andar
(Desde já tão longo andar)

E talvez de meu repouso..."


 " Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fecho o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não tem pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então essas tuas mãos vazias
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava  em ti..." 

Agora, é com vocês!... Se gostaram da amostra... 

Tivemos um mês de alegrias e tristezas. De descanso e a tribulação. De vírus de inverno no ar, prejudicando muita gente, mas o vírus da alegria e da esperança não deverá ir embora com o inverno, mas persistir e permanecer todos os dias de nossas vidas.

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